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segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Tempestade


Há uma desavença do tempo que sela o destino com uma gota ácida de ausência. Cada angústia faz parte dos presságios sobre o impedimento da felicidade; cada juramento desperdiçado é uma nuvem que se precipita para causar a enxurrada. Perdemos-nos em meio à tempestade.
Assim como cada século – quando firma suas marcas na história – envelhece e estraga consigo uma geração inteira, mancha o caráter dos seus filhos com seus delitos e seus maus hábitos; e logo tudo quanto se desencaminha acaba por morrer.
O vento sugere desgraças quando o céu se fecha em forma de ameaça: precisamos nos proteger. Amuletos, incensos, correntes de braços unidos e pedidos desesperados não podem mais nos salvar, agora que fomos corrompidos. O dia tem a cara do fim do mundo; a insegurança não irá embora quando nos conformarmos; a natureza não irá desistir de se vingar.

Written by: Angélica Manenti

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