Uma tragédia de verbos derramados,
É a enxurrada de palavras que deságuo,
Me dissolvo no papel.
Se não encontro barragens, me esparramo
Irrompem as águas de mim
Eu choro e chovo veneno.
Apagam-se as luzes,
O prédio está vazio.
As incertezas ainda avançam,
A lembrança insiste em me distrair.
Não a percebo.
Ainda me consomem as inquietações.
Procuro pelos corredores,
Mas ainda não a vejo,
Nem ao menos sei se você está.
Acho que errei a direção,
Ignorei as verdades que nos impedem
Arrisquei te procurar,
Inventei pretextos para te manter por perto.
Deixei uma poesia passar em vão
E me descobri só, no chão, te olhando.
Seus olhos na escuridão, sorrindo,
Tão cheios de ilusão, me confundem.
Seria mais fácil compreendê-la sem todos aqueles
segredos,
Mas que eu saiba esperar.
Desencontros que se conversam para me enganar,
E eu ainda me rendo aos meus medos
No final das noites que sobram
Eu resto naquele bar e me demoro a ir embora
Porque ainda acho que isso vai passar.
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