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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Novo


Gosto quando sobra assim, de viés na memória, aquela cena mais bonita do teatro, aquela peça mais intrigante do amor. Uma música que se arraigou para ser nossa desde o primeiro momento. Depois de andarmos uns passos desencontrados, num surto cego que não durou. Que não nos enxergávamos. Mas a gente descobre que tirando o amor, o mais da vida é sempre muito mal encaminhado.
Quando a gente decide terminar com a escuridão, acender uma luz boa de alumiar até dentro do coração, a gente inventa motivos mil que antes não sobravam. Ainda brincava que o amor um dia viria, sorrateiro para quem menos aguarda e procura, sem nem acreditar que a gente fosse se reencontrar por certo. Mas quase sempre sorria, porque a graça não estava no apartado da dor, estava mesmo era agarrada ao que ainda chegaria; era o dia de amanhã pintado nos quadros da sala e a gente adivinhava uma sorte verdadeira.

Written by: Angélica Manenti

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