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domingo, 23 de setembro de 2012

Nada

Então é isso: o amor precisou acabar.
A saudade ficou na ignorância. Nem um único suspiro de sentimento quis ficar, para fazer jus às tentativas da vida de me endurecer. Eu não resto mais. Antes eu só não poderia voltar atrás, agora nem quero escolher uma direção. Quero ficar aqui, inerte, esperando o tempo curar. Preciso me resolver sem os desesperos pressionando minhas decisões. Esgotei a culpa e o pesar.
Nunca mais quero sentir. Nada. Por ninguém.
Sobrou um grito, que eu amarguei. Faltou o ímpeto de insistir uma vez mais, porque eu deixei o medo ser maior. Se não aconteceu, foi porque muitas vezes eu deixei de lutar também. Abandonei meus planos depois de prontos. Esperei, por horas, dias e meses; mas o tempo não resolveu nada. Fui paciente mesmo na insegurança, mas fiquei calada e assim fui perdendo da maneira mais violenta possível: em silêncio.

Angélica Manenti

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