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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Não posso deixar que vá


Andei por muito tempo sem ter definido uma direção certa, procurando alguns pretextos, me agarrando às meras distrações, me degradando com diversões enganadas. Sempre conservei meus delírios de topar com uma linda história na próxima esquina, cheia de altos e baixos que resultasse numa forma de amor perigosa; queria sentir a aflição dos instantes de saudade e mergulhar em nossas melhores lembranças; queria precisar dessa minha coragem que acumulei nos meus dias de solidão; queria não me importar com a tempestade e com o ruído amedrontador da chuva lá fora, abafado pelo barulho do meu coração que bate de maneira descompassada, repleto de angústia e do seu amor. Queria sentir aquele seu olhar afiado rasgando no fundo dos meus olhos, me doendo de amor e medo, e voltar ao primeiro abraço para sentir aquela paz demorada me inundando de ternura e zelo.
Estou gostando de andar na chuva, tentando descobrir o mundo inteiro antes que me devore a vertigem de pensar em perdê-la. Estou coberta de desespero dos pés à cabeça, maldizendo esse azar que insiste em nos separar, antes que eu me afunde em veredas. Ainda que me dilacere esse terror de lhe perder, eu estou quebrando todas as minhas promessas e me entregando completamente a você.
Posso afirmar que nunca senti nada parecido antes, quando falta o ar para respirar; nunca me permiti amar além da conta e sempre procurei me manter num abrigo seguro, resguardada da dor; mas por você eu ignorei os meus limites, acordei os meus monstros interiores e parti para a batalha; tomei a liberdade de me desmanchar em sentimentos por você. Abri as portas e janelas, deixei você entrar sorrateira e me encontrar frágil e desprotegida, precisando de você. Agora que os seus lábios e a sua voz são minhas únicas fontes de vida, não podemos mais nos afastar, porque eu só consigo respirar você.

Writen by: Angélica Manenti

Eu sempre vou estar aqui por você, meu amor.

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